segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A Cópia



Há muito que perdemos a cabeça por aqui e, já desmemoriados, perdidos e a morrer de tédio porque não há nada de novo debaixo do sol, e como não podia deixar de ser, seguimos os EUA passo a passo. Se eles fazem reconstituições históricas, da Guerra Civil, por exemplo, e para mostrar que não só não somos menos, como também somos americanos em gostos, também fazemos as nossas. O resultado é o que diz René Guénon ( em Iniciação e Realização Espiritual, Cap. XIII) relativamente ao folklore:

"As reconstituições das antigas festas populares acabam por ser uma mascarada e uma grosseira imitaçao."

De genuínos já nada temos, quer na cópia dos outros quer na imitação do que fomos e já não somos. 

E quando somos genuínos a única coisa de que somos, como gente, capazes, é a de fazer festas pimba. 

O povo ao se ter deixado trocar por alglomerados de pessoas ausentes de si próprias trocou a Pomba do Espírito Santo pelos Pimbas do Corpo sem Espírito. 

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