quarta-feira, 19 de junho de 2019
Teoria
Quando a informação é muita, excessiva e sobretudo dada de qualquer forma, é notória a dispersão. Quando os exacerbados exercícios de teoria política se confundem com o esoterismo, é notória a dispersão. Quando a crença impede a inteligência e o coração, é notória a dispersão. Quando a teoria é confundida com uma prática literal, é notória a dispersão. Quando não se consegue expôr um pensamento com princípio, meio e fim, é verdade que estamos perante o caos. A tudo isto assistimos nos últimos anos. Tirando a inveja, a maledicência e a cobardia, fica ainda o suficiente para ser notória a dispersão.
Raras vezes houve um conjunto de gerações tão má nestas áreas. Normalmente antecedem uma guerra mundial, ou duas. Ou então já se está em plena guerra. Talvez, no início, seja uma simples guerra pela liberdade de expressão e talvez seja, no início, uma guerra devido ao facto de essa liberdade de expressão permitir, em grande número, uma quantidade de escritos e livros de má qualidade. As duas coisas juntas coexistem e não são pacíficas. Adicione-se os egos, os mestres, os que dizem que sabem o que os outros não sabem e pela calada dizem saber, os que copiam, os que roubam. Cegos, surdos e mudos são os macacos, e infelizmente temos cada vez mais um país e um planeta de macacos (sem ofensa para os respectivos que o que está a dar agora é ser PAN - panteísta, naturalista, hippie, verde, ecologista - de repente ficaram todos assim por causa do número de cadeiras na assembleia). E neste país de macacos só se safa algum povo que ainda faz alguma coisinha com as suas próprias mãos e não bebe a vinhaça da teoria e dos bons princípios que nunca são cumpridos, embora tudo isto seja transversal a todas as categorias (que o que está a dar agora é categorizar, meio caminho para a traição da categoria, ou para não se ter categoria alguma) de pessoas, desde classes sociais, económicas, culturais, esotéricas e Pan's convertidos em animais domésticos desde que não sejam insectos (qualquer dia estamos como alguns jainas que andam com uma vassoura para não pisarem formiguinhas) ou em qualquer coisa que se atravesse no caminho e pregue sustos nas encruzilhadas que nunca são bem vindas, são sempre uma chatice de todo o tamanho porque nesses ypsilons há um restinho de divino e da árvore que somos... com a teoria que nos resta e que nos sobra para beber. O mundo está a ficar teórico, virtual e especulativo, por um lado, e bárbaro por outro. Sem ofensa para as Bárbaras e para as Barbies e para Benevente e todas as palavras começadas por "B" porque anda tudo muito Sensível e Susceptível, sem ofensa para os "eses" que também andam mal como toda a centopeia à beira de um ataque de nervos em que se transformou o abecedário, ou seja, a humanidade. Hic!
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