Não te falo da sabedoria que a ti ouvi,
porque dela já sabes e onde fica:
naqueles espaços em vazio,
entre um gesto e um sentimento,
entre a verdade e a mentira,
entre o bem e o mal,
e onde, a justiça aparece
como a mais isenta e flamejante
das donzelas das cortes reais,
resguardando sempre,
todo o tamanho do mundo que me deste.
Sabedoria invisível e guardada
por entre o espaço dos lábios fechados,
bem no meio do silêncio
e onde o sopro ocorre,
visível apenas no espírito refinado
de uma inteligencia aprumada
por rosas colhidas depois das noites frágeis,
imensamente sapientes,
dessa manhã que há no jardim reservado.
(Cynthia Guimarães Taveira)
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