Já é o segundo que me diz "se quiser vi ver é só telefonar". Em comum, produzem obras. A falta de espaço e de interesse ainda vai fazer nascer as galerias em casa. Estive a ver uma galeria que dá ""oportunidade" aos artistas. Por duas semanas cobra novecentos euros. Diria antes que dá a oportunidade aos artistas de "apostarem" que vão vender pintura acima dos novecentos euros. O artista torna-se um apostador e o galerista, esse, joga pelo seguro. Assim, já é o segundo que conheço que mantém as coisas consigo e, se é para apostar, então que se aposte no "além-vida", ou seja, depois de morto, logo se vê. As galerias caseiras poderiam começar a nascer como cogumelos o que era uma boa resposta ao vampirismo dos "galeristas" que se limitam a alugar um espaço. Por convite ou por marcação, quem fizesse uma romaria pelas casas dos artistas iria encontrá-los no seu meio ambiente, de melhor humor e provavelmente ainda seriam convidados para almoçar. E então, sim, poderíamos falar numa "democrátização" da arte e não nesta fantochada da banha da cobra onde é dito que todos "podem fazer tudo" mas que, na prática, é um "vê se te avias" no aluguer de espaços de exposição. Se não fizesse as coisas para a glória de Deus estava tramada. Templária à força, é o que é.
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