Há paragens no olhar,
trazendo outro tempo de volta,
passam e prendem pelo espanto,
vão para longe como ribeiros mansos.
Só mais tarde e em surdina,
elas voltam a espreitar,
revelam o que calado ficou,
no encontro aonde sou...
Por de tão longe virem
Voltam na obra-prima do tempo
Não são ciclos, mas círculos
feitos de vontade e de intento
(Guardam todo amor
Encerrado na esfera dos anos...)
são apenas reflexo das águas
que a alguns assiste e a outros não
a uns reserva as penas
a outros, solidão
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guarda-os bem e enobrece
tal mistério tão guardado
se de fios sombrios os teces
em tapeçaria de luz te serão dados...
(Cynthia Guimarães Taveira)
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