terça-feira, 23 de abril de 2019

Somos tão leves

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/dia-da-terra-planeta-perdeu-40-por-cento-dos-animais-em-50-anos_v1143009

Somos talvez a humanidade mais vaidosa e pretenciosa que andou pela terra. Confundimos "tecnologia" com evolução e o índice de informação generalizada não serve para absolutamente nada daquilo que é essencial. Ainda assim, olhamos para a nossa civilização como se ela fosse o "topo" delas todas devido ao conforto que adquirimos. Para o fazer tornamos a vida de outros seres na terra tão desconfortável que desaparecem. Evidentemente que sempre existiram animais que desapareceram, a diferença está no "fluir" natural da natureza. Os que acreditam no destino olham para algumas guerras (aquelas que não lhes interessam porque outras são legítimas, no seu entender) e também para o terrorismo como se fosse uma aceleração de um processo - os que assim morrem, morrem mais cedo do que era suposto e dai a aceleração do próprio tempo, para além da do processo - e, consequentemente, isso tem como preço o desequilíbrio. A aceleração do desaparecimento dos animais, terá, igualmente, como consequência o desequilíbrio, só que este é ainda pior porque arrasta tudo atrás: pessoas, clima, vegetação e por aí fora. Fala-se noutros planetas como possibilidades ou alternativas à vida na terra. A escumalha humana com o pretexto de "conhecer" prepara-se para a "fuga" que poderá ser feita apenas por alguns "mais previligiados", mas igualmente escumalha porque de "elite" não têm nada. E levarão com eles a escumalha que são. Todos os esforços para "conhecer" outros planetas espiritualmente são igual a nada. Há quem se deixe enfeitiçar pelas fotografias dos "buracos negros", dos "planetas distantes" e por isto e por aquilo. Nada disso conta nem sequer tem peso porque um dia optaram por aplicar as suas "ciências" para o céu em vez de as aplicarem no equilíbrio terrestre. Talvez os da física quântica já tenham percebido que tudo é "mental" (não é racional é diferente), não sei porque ainda não li "as últimas" da ciência e que muito provavelmente não estão acessíveis ao grande público super-mais-do-que-informado e completamente mal formado. Se já "descobriram" que "tudo é mental" imaginarão (mas não o dizem) as consequências desta civilização abaixo de selvagem, se ainda não o fizeram é uma pena que estejam tão atrasados. "Basicamente" como se diz em "americanez" nem avançamos nem regredimos, limitamo-nos a ir transformado o planeta no local inabitável e isso tem consequências. Fazêmo-lo com um sorriso no rosto como se vivêssemos no melhor dos mundos e acreditamos piamente que vivemos no melhor dos mundos (que está a apodrecer a olhos vistos). No outro dia dei de caras com uma "artista plástica" que gosta muito de fazer bonecadas nos i-pods ou i-pads ou lá o que é. Estava na televisão a falar. Nem lhe sei o nome, só sei que casou ou se juntou há um tempo com aquele músico "Gil" que pertenceu à Ala dos Namorados e a outros grupos. Refiro-me directamente à senhora porque aquilo que se diz tem consequências, e dizia a "artista moderna" que "a tecnologia tinha sido o melhor que nos tinha acontecido" e com um riso, um sorriso e um riso e lembrou "é claro que a tecnologia nasce das guerras, depois têm outras aplicações e, depois, nós, os artistas, aproveitamos para criar". Pior do que a estupidez a que assisto tantas vezes na televisão é ver o desfile da ignorância. A mão humana é insubstituível, mas ela ainda não percebeu isso. Depois há também o pormenor da desumanidade assumida: para a senhora fazer uns bonecos no computador morreram milhares de forma "acelerada". Mas os "artistas" são superiores a isso tudo. São os "artistas", são os "cientistas", são os "políticos" e são as pessoas em geral por osmose. Bem, mas o que interessa é conservar o sentido de humor e ter esperança, são estas as virtudes da moda: o Papa disse isso e Paulo Portas sublinhou. Agora, não sei é por quanto tempo nos vamos andar a rir e a poder ter muita esperança. Uma gargalhada, aqui e ali, também a dou e a única esperança que alimento é a de uma verdadeira lição que entre definitivamente nas cabeças e no corações dos homens. Esse tipo de lições raramente são "consciencializações" lentas que acabam por fazer parte da estrutura do ser humano. Já a Europa se tinha consciencializado  dos "valores da democracia" quando caíram duas guerras sobre ela. E agora, os extremismos evidenciam bem o que são essas "consciencializaçoes" lentas e progressivas feitas "pela educação": caem mais depressa do que uma pesada gota de chuva...  Assim, as lições verdadeiras são aquelas que atingem todo o ser como uma Revelação o faz - a consciencializaçao tem o mesmo valor do que a visualização, ou seja, nenhum - e as Revelações não são pêra doce, nem são fáceis, nem levezinhas como uma ida ao cinema. Uma das coisas que Revelam é o nosso verdadeiro lugar no meio disto tudo: previligiado, por um lado, como seres humanos que somos, e, por outro lado, frágeis perante um tornado. E se fizerem híbridos (metade máquinas, metade homens) para fugirem a essa fragilidade, esse será o acto mais estúpido que se pode fazer: é que somos tão frágeis que nem nos aguentamos como seres humanos e lá se vai o lugar previligiado... no meio desta imensa "manifestação" que é esta parte do Universo. Mas o fundamental parece ser "morrer a rir" e "morrer com muita esperança em que nada vai morrer" - isso é assim no "alto", enquanto estivermos cá em baixo, abaixo de cão ou de qualquer outro animal, esse riso e essa "esperança" vaga no "geral" e no "colectivo", é apenas um suicídio dos tolos que o fazem porque alguém lhes disse: "Atira-te da ponte a rir e com muita esperança na humanidade".  É só mais uma forma de acelerar o processo, mais nada. E isto para não dizer "terrorismo" porque é uma palavra muito feia e nós somos "superiores", não somos uma civilização de terroristas. Pois.

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