A obra de René Guénon, que tive o gosto de ler e de estudar de ponta a ponta, não tem um pingo de moralismo, algo que ele considerava, aliás, ser a parte "mais baixa" da religião, entendo as religiões como sendo as do Livro. Longe de querer dizer como devemos pensar para em seguida nos comportarmos de forma conivente com esse pensamento, ocupa-se antes das ideias, traves-mestras daquilo que consideramos ser "a existência", e da não existência também, já agora. Agrada-me e faz aparecer à memória as palavras de uma canção dos Pink Floyd:
"Não precisamos de nenhuma educação/ não precisamos de uma lavagem cerebral/ de nenhum sarcasmo na sala de aula./ Professor, deixe as crianças em paz./ Resumindo, você é apenas mais um tijolo no muro".
É difícil ser-se professor e manter estas ideias vivas e intactas, mas não é impossível. Ou o melhor é mesmo nem ser professor, de todo...
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