sexta-feira, 10 de junho de 2022

A coisa

 


Estou a ver esta "coisa" que mostra bem a promiscuidade entre os maus políticos e a péssima arte. Já ouvi dizer que para se entender a arte contemporânea é necessário sofrer-se uma espécie de iniciação nela porque sem ela não se entende nada. Evidentemente que esta é mais uma marca deste mundo actual: o objectivo da suposta "iniciação" é o caos. E o objectivo da Iniciação verdadeira é a libertação do próprio cosmos (ou ordem), algo muito diferente. 

O maravilhoso casamento entre a política e os artistas de Estado é o mundo actual porque a vida imita a arte e a arte imita a vida. 

Há "iniciações" que só de olhar, não dá vontade. E cada vez há mais... 

Quando os políticos apadrinham "coisas" contemporâneas é inevitável que errem em tudo o resto e quando os artistas, não são artistas, mas seres que se arrastam nas modas e "naquilo que está a dar" produzem uma sociedade à sua medida, imagem e semelhança. 

Não é em vão que tudo esteja em queda livre. O caos só é belo quando goza das virtudes da força, da sabedoria e da beleza e isso é muito raro. Quando perde esse mecanismo interno que torna a arte sagrada perde o pé e a nossa sociedade atira-se para o abismo de livre vontade. 

É por tudo isto que não voto e é por tudo isso que não gosto de arte contemporânea. É por ser altamente repelente, feia, amarga e profundamente estúpida disfarçando-se de inteligência superior. Tantos séculos de boa arte e não aprenderam nada... 

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