De todos os cavaleiros
Não há um com o caminho igual
Subtraem-se fórmulas e devaneios
Ainda assim, cada um é especial
Nós e encruzilhadas são
Lugares de encontro, e não em vãoSe repetes, não és certo
Se coincides, tens razão
Em todos os cavaleiros há
Rugas que pendem paralelas
Aproxima o olhar delas
Cada vale é monte do futuro cá
Nunca param os cavaleiros
E pelo mundo vão
Cada passo dado na erva
É pedra transformada em pão
Se de noite espreita a sombra
Da monotonia sabidaLogo de dia se adivinha
A luz em cada ida tripartida
Não há casco que não seja a forma
Do caminho que já foi
Todos eles estão na sombrado coração que tudo mói
Pobre daquele que já não espera
A surpresa desiludidaNem encontra, nem navega
a alegria desmedida
(Cynthia Guimarães Taveira)
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