Sargaços e nuvens dão à costa,
de mil aventuras, ofuscantes e sagradas.
das correntes que os envolveram,
dos tecidos de mares que os cobriram,
das voltas que deram na terra biface.
Ninguém é sempre a solidão,
de uma voz que não pergunta,
sargaços e nuvens na costa vertidos,
de longe em longe por poucos sentidos.
(que portas atravessa o ser
antes do portal da chave única?)
Sargaços e nuvens vos devolvo,
tudo o que em mim trouxeram,
como navios partem as palavras
n’outros mares vestidas de novo
Para longe, onde
dizem que o céu não finda...
(Cynthia Guimarães Taveira)
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