segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O teu nítido caminho

 


Vais, por esse nítido caminho

e, os teus leitores seguem-te,

sombras do teu sol.

Esteve um dia com nuvens de leques azuis

e todas elas eram os teus outros, refulgindo.

Reunimo-nos à mesa,

Erguemos os copos e, no nosso universo,

dissemos, em uníssono, que estás vivo.

Os passos das tuas palavras

regressam sempre às nossas casas

com se lhes pertencessem.

Portugal tende a navegar ao largo dos teus versos

e, uns tantos, lançam-se no mar, 

não se importando com as vagas dolorosas

ou com os ventos a desfavor.

Mais um pouco, e sentam-se em volta das palavras

como fogueira ardendo, aquecendo as almas d'Inverno

que todos somos quando não sabemos do nosso país.

Ecoam cânticos  de saudade, como se tivesses partido,

e, por entre eles, vem aparecendo,

tão nítido como o teu caminho,

o Anjo de Portugal. 



Um beijo eterno, da sempre tua, 

Cynthia

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