Vais, por esse nítido caminho
e, os teus leitores seguem-te,
sombras do teu sol.
Esteve um dia com nuvens de leques azuis
e todas elas eram os teus outros, refulgindo.
Reunimo-nos à mesa,
Erguemos os copos e, no nosso universo,
dissemos, em uníssono, que estás vivo.
Os passos das tuas palavras
regressam sempre às nossas casas
com se lhes pertencessem.
Portugal tende a navegar ao largo dos teus versos
e, uns tantos, lançam-se no mar,
não se importando com as vagas dolorosas
ou com os ventos a desfavor.
Mais um pouco, e sentam-se em volta das palavras
como fogueira ardendo, aquecendo as almas d'Inverno
que todos somos quando não sabemos do nosso país.
Ecoam cânticos de saudade, como se tivesses partido,
e, por entre eles, vem aparecendo,
tão nítido como o teu caminho,
o Anjo de Portugal.
Um beijo eterno, da sempre tua,
Cynthia
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