terça-feira, 10 de maio de 2022

As línguas da língua.

 



Que sabes tu, das línguas da língua que não nos soltam? Fosse a voz um pranto de amor ou uma espécie de angústia vívida e seria por certo esse o caminho onde nos encontraríamos. Mas assim, não. Assim, são só labaredas voláteis onde não te vejo por entre elas, apenas a escuridão do teu vulto. Nesta época em que tombam as estátuas de sal, onde ficam as palavras? És a ignorância vertical da minha intimidade a sós com elas. Concedo-te a dúvida e nada mais, essa que escalas por frágeis degraus de certezas inacabadas. 


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