Não era em vão que existiam intocáveis e também aristocratas/sacerdotes e se alguns intocáveis tinham um papel a desenvolver nalguns rituais, durante a maior parte do tempo, os intocáveis não se podiam tocar, nem sequer convinha olhar. O mundo desenvolveu-se e o número de intocáveis aumentou bem como a sua ascensão aos cargos mais importantes e isto deveu-se muito à ideologia socialista quer esta se apresente à esquerda ou à direita. A inversão das coisas é rigorosa. Agora são os intocáveis que não devem e não querem tocar e ver um aristocrata/sacerdote e é a casta inferior que se encontra no comando ou no leme em todas as áreas: económicas, sociais, políticas, artísticas, bélicas, sacerdotais e "espirituais". Não admira que os intocáveis falem apenas uns para os outros por falta de reconhecimento de tudo aquilo que está para além do seu universo. Um aristocrata magoa, fere e ofende quando diz ser anti-democrata, anti-socialista e monárquico. É considerado mal educado, pouco nobre e muito menos alguém "espiritual". No leme, seguem e somam os intocáveis que levam o mundo nas mãos permanecendo fiéis à rota que os levará até às portas do Inferno: portas que atravessarão, naturalmente, para aí se purificarem ou permanecerem por tempo indeterminado. Entretanto, nem sequer deviam utilizar a palavra "aristocrata" por não entenderem nada dela.
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