Uma das vantagens que há em viver no mundo intelectual português é a de podermos pensar o que quisermos sobre aquilo que os outros pensam tendo como consequência, se tornarmos os pensamentos públicos, as reações mais diversas. Evidentemente que isto não é português nem deixa de ser. A única coisa que é portuguesa é o facto de pensarmos em Portugal. Só o pensamento, no mundo intelectual, nos inclui ou nos exclui daquilo que é pensar Portugal. Ora as coisas até correm bem se pensarmos no melhor que Portugal tem e correm mal se pensarmos no pior que Portugal tem. Quando correm bem, arranjamos sempre amigos, quer os que pensam em tudo o que de bom tem Portugal como aqueles que pensam que devemos relativizar as coisas e que, por isso, nunca pensaram verdadeiramente em Portugal. Se pensarmos nas coisas más, e as dissermos em voz alta, os que pensam só nas coisas boas de Portugal pegam nas armas e vai disto, tornam-se inimigos mortais, não daquilo que é menos bom em Portugal, mas sim, do pobre mensageiro que, no meio intelectual, ousou apontar os desastres lusitanos. É assim que, o meio intelectual português, aquele que se queria ser "o topo da elite" é também o
que mais mantém as ilusões. Ora a ilusão, como sabemos, é uma imagem inconsistente e perigosa. É por termos estas pseudo-elites que Portugal anda como anda. São elas as responsáveis pelo aniquilamento dos mensageiros que trazem uma mensagem do "alto" com o seu olhar de águia e a sua despreocupação com a sua situação no tempo que sabem bem não existir. Quem quer pertencer à "elite pensadora" tem de se auto-proclamar "defensor do reino" ainda que na prática apenas o agrida ainda mais. Pensar Portugal, só por si não chega . Aquilo que une os "mensageiros" é o coração. Ou batem juntos de forma a alcançar alguma sintonia ou então são, quando caçados, atirados para o saco de gatos, numa primeira fase (a da confusão), e para o circo das feras (a da selvageria pouco lúcida), numa segunda fase, composta por feras-defensoras e que, como feras que são, atacam para defender a ilusão que agride o país. Tentam o despedaçamento de todas as formas do infeliz mensageiro que mais não é do que um pássaro cantor, com a sua linguagem das aves abafada pelo rugido das feras não conhecedoras, por incapacidade natural, dessa linguagem sublime com que Deus dotou os que bem entendeu.
que mais mantém as ilusões. Ora a ilusão, como sabemos, é uma imagem inconsistente e perigosa. É por termos estas pseudo-elites que Portugal anda como anda. São elas as responsáveis pelo aniquilamento dos mensageiros que trazem uma mensagem do "alto" com o seu olhar de águia e a sua despreocupação com a sua situação no tempo que sabem bem não existir. Quem quer pertencer à "elite pensadora" tem de se auto-proclamar "defensor do reino" ainda que na prática apenas o agrida ainda mais. Pensar Portugal, só por si não chega . Aquilo que une os "mensageiros" é o coração. Ou batem juntos de forma a alcançar alguma sintonia ou então são, quando caçados, atirados para o saco de gatos, numa primeira fase (a da confusão), e para o circo das feras (a da selvageria pouco lúcida), numa segunda fase, composta por feras-defensoras e que, como feras que são, atacam para defender a ilusão que agride o país. Tentam o despedaçamento de todas as formas do infeliz mensageiro que mais não é do que um pássaro cantor, com a sua linguagem das aves abafada pelo rugido das feras não conhecedoras, por incapacidade natural, dessa linguagem sublime com que Deus dotou os que bem entendeu.
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