Os livros que escreves
Ordenam o teu caos em palavras
São lembretes amarelos
De compras que não justificam
A ordem inalterada dos deuses
Lineares, eficazes,
Vão enchendo a dispensa
Na firmeza dos próximos passos
E sempre é breve...
Os deuses aparecem em sopros
Com máscaras do que não são
Incaptáveis em livros
E nem em surrealismos vão
É no intervalo do imperfeito vento
Que eles sempre vivem e sempre estão.
(Cynthia Guimarães Taveira)
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