Se nos atrevemos a dizer publicamente que estes sistemas sociais que estão espalhados pelo mundo são doentios, desde as ditaduras carnívoras de mentes e corpos, às democracias obsoletas e corruptas, passando por todo o sistema económico mundial para acabar na tecnologia que nos há-de matar, somos logo considerados activistas, aqueles seres com um ar porco, vestidos com trapos e variando nos penteados, metade rastas, outra rapada, a tocar uns tambores e a fazer barulho na rua. É imediata a apelidagem e a visualização mental da imagem desses activistas. Uma óptima maneira de denegrir quem se põe a pensar e não tem necessariamente nem esse aspecto, nem essas actividades. Ser um activista, pelo contrário, é ser-se não-pensante e ser-se apenas activo. Se os nossos discursos se confundem, os de quem pensa e os dos não-pensantes, para além da coincidência (que também as há), deve-se ao facto de os instintos sobrevivência animalescos dos activistas, serem, ainda assim instintos. Têm a veracidade dos animais, na sua franqueza embora exalem mimetismo uns dos outros com sonhos feéricos de tribos idas. A contra-proposta de uma Anarquia-Monarquia superior, iria fazê-los uivar pela incompreensão e pela sua convicção total da ausência de Deus que tanto apregoam. O mundo está podre sim, e quem me chamar activista é que é.
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