Estou espantada e abismada
No alto desta escarpa
E no cimo dela uma muralha
Contemplo o templo que é em água
Retorno dela, Atlântida
Donde vim sem o saber
Não fosse esse cheiro a maresia
Seu dom sem ninguém saber
Ouço-te no sopro dessa brisa
Que em espuma atravessa meu canto
Só por ele sei e digo
O porquê desse meu espanto
Alma antiga e extrovertida
Num tempo sem o dever ser
Ninguém acredita na primazia
Da alta voz que em nós sacia
Do alto dessa muralha
Sobre a escarpa abismada
Meus olhos atlantes a vêm
Grave sublime a anoitecer
E nesse rosto de cristal
Donde nunca fugi ser
Aproximo-me da vigia
Donde vigio todo o saber
O mar galga afinado
O rosto iluminado
A minha mão estendida lhe dou
Outra de mim e não outra, afinal, sou.
No alto desta escarpa
E no cimo dela uma muralha
Contemplo o templo que é em água
Retorno dela, Atlântida
Donde vim sem o saber
Não fosse esse cheiro a maresia
Seu dom sem ninguém saber
Ouço-te no sopro dessa brisa
Que em espuma atravessa meu canto
Só por ele sei e digo
O porquê desse meu espanto
Alma antiga e extrovertida
Num tempo sem o dever ser
Ninguém acredita na primazia
Da alta voz que em nós sacia
Do alto dessa muralha
Sobre a escarpa abismada
Meus olhos atlantes a vêm
Grave sublime a anoitecer
E nesse rosto de cristal
Donde nunca fugi ser
Aproximo-me da vigia
Donde vigio todo o saber
O mar galga afinado
O rosto iluminado
A minha mão estendida lhe dou
Outra de mim e não outra, afinal, sou.
(Cynthia Guimarães Taveira)
Sem comentários:
Enviar um comentário