domingo, 25 de julho de 2021
A ciência e/é frequentemente a religião
Como faz a ciência para ser tão respeitada? Tem sempre a última palavra e escuda-se afirmando que pode não ser bem assim. É desta forma que vai ganhando terreno no domínio da crença e vai perdendo a seriedade relativamente às consequências das suas aplicações. O método não é muito diferente daquele adoptado pelas religiões quando querem afirmar o seu poder e confundem sabedoria com domínio pois também, e da mesma forma, dizem possuir a última palavra (que é também a primeira) independentemente das consequências das práticas exigidas pelas elites religiosas, nem sempre sábias. Entre a última palavra, a primeira e o "não é bem assim", todas estas formas de conhecimento podem cair, a qualquer momento, no domínio do próprio domínio que vive em função de si e para si o que implica, não uma correlação entre elementos, mas sim uma transposição das falhas e virtudes dos dominantes para os dominados em proporções variadas. Os envolvidos, tanto na ciência como na religião, acabam por ter comportamentos idênticos e efeitos idênticos e, consoante a proporção dessas falhas e virtudes, facilmente se passa da dúvida metódica para a certeza metódica. Em comum possuem tanto a palavra "método" como o próprio método quando se dá essa transposição de falhas e virtudes. O conceito de"intuição intelectual" proposto por Guénon, não se coaduna com a palavra "método" ou com a palavra "sistema" (palavras, neste caso, praticamente equivalentes) e, no entanto, é essencial à sabedoria fazendo mesmo parte dela. O seu resultado (se é que se pode chamar "resultado" uma vez que não tem princípio nem fim porque É em si) é a ausência de falhas uma vez que, à imagem e semelhança de um raio, ilumina a noite e acerta no alvo que são as próprias trevas.
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