O Quinto Império ou Idade do Espírito Santo (como lhe queiram chamar, pois uma vez estando nós nessa Era, ela não terá nome, estará acima dos espartilhos da nomenclaturas), passará, obrigatoriamente, por um total desmanchar das estruturas sociais actuais para novas emergentes. Para além do facto dessa Idade já existir paralela a está num outro canto do Universo e numa outra dimensão dele (o resultado do tempo ser relativo e do espaço, mais ainda, por depender da concepção que temos do tempo) a sua manifestação será quando, naturalmente, os seres humanos estiverem aptos a receber essa dimensão. Não é promovendo estas estruturas sociais presentes que variam pouco ou nada, todas provindas da ideia de família enquanto sede da estrutura social e que podem ir desde as mais democráticas (onde a maioria vence independentemente da qualidade dessa maioria e da qualidade daquilo que vence), até às tiranias teocráticas ou não, nas quais a autoridade fica para o membro considerado, por simples convenção, como o mais apto a dirigir o país, ou o gado (não há grande diferença, nesses casos, entre gado e as pessoas que não sejam o líder). Evidentemente que a democracia acaba, também ela, por ser uma tirania ou não fosse a mãe delas. Tirando assuntos mais prementes e urgentes que necessitam de resposta curta e imediata, alguém que constate que o cerne das estruturas sociais são as próprias pessoas, e não as estruturas em si (estas últimas como sendo o centro e a periferia de si mesmas, à maneira de Deus), depressa perde o ânimo em debates extremados, sobre aquilo que é melhor, se uma tirania visível, se uma democracia visível, mas ambas sempre tiranias, sendo a democracia uma tirania encoberta por mais que digam o contrário e cada vez mais a mando das mega-estruturas económicas (capitalistas). A única diferença é poder gritar na rua. Resumindo, ou podemos gritar ou não podemos gritar. São as duas opções possíveis em termos de estruturas sociais e políticas. Os subjugados por um tirania ficam infelizes por não poderem gritar e os subjugados por uma ditadura dão-se por felizes por poderem gritar, embora não estejam felizes porque gritam, pois se estivessem, não gritavam. De maneira que nesta pastelaria mundial, a escolha é entre pastéis de nata e pastéis de massa tenra, não há mais variedades e, enquanto assim for, só vamos dar solução (quando a damos) aos assuntos mais urgentes e que se sucedem cada vez em maior número, tomando a forma de desgraças. A perda da Graça do planeta tem sido evidente. E mais não acrescento porque, sinceramente, não vale a pena.
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