"Lutar com moinhos de vento" tornou-se, desde
então, em todas as línguas ocidentais, o paradigma da luta inútil. Não importa
ao protagonista, entretanto, que ela se apresente inútil, se a entende como
necessária para o seu desejo e, portanto, necessária para o mundo.”
Gustavo
Bernardo Há um lado prático português que de tão prático que é torna-se ele próprio ritual. Da mesma forma que a fantasia espanhola pode tornar-se numa realidade dura na concretização.
Os moinhos portugueses na sua doçura escondem vidas duras...
Os moinhos portugueses significam pão.
Mas a parábola espanhola não é de todo errada sob o ponto de vista místico. Há batalhas invisíveis que se travam. Talvez a maior parte delas sejam mesmo invisíveis.
É entre estes universos, verdadeiramente paralelos, nos quais o símbolo não é coisa morta ou inexistente, que se movem as acções humanas... sobretudo as acções, mais até do que os pensamentos, embora estes sejam, quando há retorno deles no mundo, matéria prima para a acção ou a não acção voluntárias. E quando há retorno deles no mundo, normalmente, há uma incitação à escolha. Depende dos moinhos de vento. E, é claro, depende do vento.
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