Existem sempre palavras
que reduzam e traduzam
a imensidão do mar.
E o desvelem nas formas,
sem que o abarquem
ou o engrandeçam, mais ainda...
mas que o façam pequena gota
de uma memória de onda parada.
Existem como surpresas,
em dias normais,
como aventuras em pleno castigo.
Em jeito de deusas
que aprisionando, libertam.
Flores de um segundo jardim,
mais paradoxal e mais profundo
que este visível
Por onde todos caminhamos ...
Existem na volta do eco divino,
ouvido sem querer
num atender insubmisso
ao eco do mundo.
(Cynthia Guimarães Taveira)
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