sábado, 27 de junho de 2020

O horror


Construí o meu próprio mundo, onde a fealdade e a aberração não residem. As gotas de mar que o compõem, o sal da vida que as mantém, a alegria da cor que nos faz pensar se foram as flores a nascer primeiro ou se foi a cor, são todo o mistério de mim mesma. O resto são escórias que não pedi. Partes de um todo de que não faço parte. Nasci apenas para dizer a verdade que há na luz e que a sua voz é a beleza. E fui completamente negligenciada por este país e por tantos que nele vivem. Quem perde é Portugal, agarrado às traves do horror e do horrível. E vejo-os naufragar na viagem que escolheram sem poder adiantar os tempos que nos esperam...

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