Os jogos olímpicos da Antiguidade eram uma espécie de ritual e aconteciam com um ritmo de tal forma preciso que chegaram a servir para medir o tempo. Durante esta manifestação sagrada chegaram a existir as "tréguas sagradas" para que os jogos pudessem decorrer. É bom saber que a tradição grega continua viva no mundo esotérico português. Quando os nomes que escrevem livros e fazem palestras não andam à guerra uns com os outros, não se agridem verbalmente e não tentam sair vencedores, faz-se uma espécie de tréguas sagradas e aparecem todas essas figuras a falar de Amor, Paz e Compreensão. Depois voltam para a guerra. A única diferença é o tempo. Se nos Jogos Olímpicos da Antiguidade os períodos deles estavam estipulados, nas olimpíadas esotéricas é tudo muito imprevisível. Nunca se sabe quando é que um vai entrar em paz ou outro vai entrar em guerra. Esta imprevisibilidade faz lembrar uma das características do Espírito Santo... Mas na verdade, é um mero reflexo pardo e rarefeito dele. Assim, a vitalidade das sagrações tanto da guerra como da paz dependem dos calos pisados, da dor e da duração da mesma sendo, por isso, algo de extremamente pessoal e intransmissível... bem, intransmissível não direi, quando entram em guerra sabemos logo que há calos pisados, quando entram em paz há um desejo imenso de partilhar essa paz com o público, leitores e visitantes de palestras para assegurar a continuidade da pesca para os grupos respectivos feita por entre debutantes inexperientes que também trazem amigos. Entre mortos e feridos alguém se há-de escapar (escapam sempre - isto é como o PCP, nunca há derrotas), por via dos cânticos de paz e lágrimas de crocodilo para encantar as hostes.
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