quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Carta aberta a Luís de Matos
A propósito de uma conferência sobre Templários que me distraí a ouvir, dizia o orador, figura conhecida no meio esotérico, o Sr. Luís Matos, que não havia neo-templários, tal como não havia neo-sapateiros ou neo-carpinteiros. Evidentemente que não. Pode haver de tudo na contemporaneidade. De maneira que podemos ter sapateiros, carpinteiros e templários e até mais "profissões" como pedreiros, pintores, cavaleiros, damas, sacerdotes, músicos, etc e etc e etc. Os resultados é que podem ser "neo". As linhagens espirituais também podem existir na contemporaneidade, e aí, não há neo, nem passado. Há o que há. Ora a espiritualidade só é visível nos últimos estádios dela quando o corpo começa a ganhar uma tal subtileza que parece querer desprender-se deste mundo apenas por não lhe pertencer mais. Até lá, é Absolutamente invisível. De maneira que quanto a esta última não se pode falar de resultados a não ser muito perto do fim dentro das nossas coordenadas espacio-temporais. Nunca os "fenómenos" , "visões", ou "milagres", foram garantias de coisa nenhuma. Se procurarmos estas coisas como resultados, fenómenos, visões ou milagres pode aparecer-nos de tudo como é bem sabido ao longo da história "mística" da humanidade. Um faquir, não é um guru... Assim, Sr. Luis Matos, o resultado pode ser "neo". A legitimidade das coisas passa sempre pelo transcendente primeiro e só depois pela legitimidade que os homens dão ou não a essas coisas no campo do sagrado. Essa legitimidade dada pelo alto é aquela que é a mais difícil de obter e passa pelas linhagens espirituais que são Absolutamente invisíveis. A legitimidade dada pelos homens é a mais fácil de obter. Basta votar...no fenómeno que parece ser mais apropriado para a altura. Assim, depois de ter ouvido com extrema atenção a conferência, fiquei na mesma.
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