Primeiro chamaram-me num crepúsculo
Disse que não
Depois, num instinto mais forte
Voltaram a chamar-lhe
Não disse que não, nem que sim
Depois em revelação
Mais uma vez, me chamaram
Disse que sim
E depois
Pegaste em mim
E ascendeste
Às nuvens
Ao céus
Aos abismos
Às estrelas
Aos instantes
À poesia
À arte
Ao sonho
À verdade
Voltaram a chamar-lhe
Não disse que não, nem que sim
Depois em revelação
Mais uma vez, me chamaram
Disse que sim
E depois
Pegaste em mim
E ascendeste
Às nuvens
Ao céus
Aos abismos
Às estrelas
Aos instantes
À poesia
À arte
Ao sonho
À verdade
Mais tarde,
Passei a levar-te comigo
Sempre
Em cada flor, vejo o teu rosto
Em cada palavra, o poema que és
Em cada gesto meu
Há um teu
E todos os fantasmas se dissiparam
E as almas passaram a ser leves
E as nossas unidas
Num sopro de luz
E as benção da vida
À nossa volta
E se o pássaro canta
Em nós canta
E se o peixe nada
No nosso ser habita
E a memória diluiu-se em coisa nenhuma
E fica a claridade da manhã
Pela tarde, pela noite
Pelo sol
Pela lua
E ficamos suspensos no tempo
Como uma respiração desnecessária
E flutuamos no espaço
Como uma dança
Com dragões e estrelas
E constelações diamantinas
Não sabia que o universo era tão grande
Tão grande
Não sabia que estava tão próximo
Não sabia que era assim
Como as notas do piano
Como os poemas que viajam por nós
Primeiro disse que não
Depois, nem que sim, nem que não
Depois levaste-me para tão longe
Para o outro lado de todas as coisas
Para o lado mais oculto
Mais suspeitado
Mais invisível
Onde ficámos presos à liberdade
Reféns dela
Diluídos nela
Ilimitados nela
Visivelmente felizes nela
Invisivelmente felizes nela
E, esse não
Esse nem sim, nem não
E esse sim
Eram afinal toda a liberdade
Que ao pé de ti é possível
E onde o sorriso atinge dimensões
Inadmissíveis
Somos inadmissíveis
Para alguém que não seja como nós.
Passei a levar-te comigo
Sempre
Em cada flor, vejo o teu rosto
Em cada palavra, o poema que és
Em cada gesto meu
Há um teu
E todos os fantasmas se dissiparam
E as almas passaram a ser leves
E as nossas unidas
Num sopro de luz
E as benção da vida
À nossa volta
E se o pássaro canta
Em nós canta
E se o peixe nada
No nosso ser habita
E a memória diluiu-se em coisa nenhuma
E fica a claridade da manhã
Pela tarde, pela noite
Pelo sol
Pela lua
E ficamos suspensos no tempo
Como uma respiração desnecessária
E flutuamos no espaço
Como uma dança
Com dragões e estrelas
E constelações diamantinas
Não sabia que o universo era tão grande
Tão grande
Não sabia que estava tão próximo
Não sabia que era assim
Como as notas do piano
Como os poemas que viajam por nós
Primeiro disse que não
Depois, nem que sim, nem que não
Depois levaste-me para tão longe
Para o outro lado de todas as coisas
Para o lado mais oculto
Mais suspeitado
Mais invisível
Onde ficámos presos à liberdade
Reféns dela
Diluídos nela
Ilimitados nela
Visivelmente felizes nela
Invisivelmente felizes nela
E, esse não
Esse nem sim, nem não
E esse sim
Eram afinal toda a liberdade
Que ao pé de ti é possível
E onde o sorriso atinge dimensões
Inadmissíveis
Somos inadmissíveis
Para alguém que não seja como nós.
(Cynthia Guimarães Taveira)
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