Luísa, nunca vi o teu rosto
Mas imagino-te a descer
A minha antiga avenida
A do Mouzinho de Albuquerque
E eu, na esplanada
A pensar que sou um homem
A devorar o esoterismo ocidental
Nas páginas sublinhadas a incredibilidade
Mas não te tendo visto,
Posso imaginar
Que sejas tu um homem...
Sentado nessa esplanada
E que seja eu, a verdadeira
A que desce a rua
Com um vestido florido
E de Verão
E que levantes os olhos para mim
E que me vejas a sorrir
E faças agitar a cauda do meu cão
E saibas só de me olhar
Toda a verdade do mundo
E que feches o livro
E que venhas ao meu encontro
Como os pássaros quando tocam os bicos
Sem aproximações filosóficas
Ou hipóteses da imaginação
Lindo...
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