Diz-me a arte que escolhes, dir-te-ei como governas...
Há diferenças entre uma Sinarquia e uma Sinarquia e ainda uma Monarquia.
Vivemos numa Sinarquia porque são as elites partidárias que nos governam. Os governantes chegam ao poder depois de passarem pela peneira das juventudes partidárias e dos partidos políticos. Pela arte que vão escolhendo para a sua casa se verá como tendem a governar, isto quando se dizem apreciadores de arte, o que é raro...
Depois há a outra Sinarquia, dizem, que seria composta por um governo de filósofos. Pela arte que apreciariam, naturalmente se veria como governariam, mas, o que faz falta, e muita, numa Sinarquia é a noção de Centro, ou seja, falta à Sinarquia um Rei, da mesma forma que um Rei necessita de Conselheiros Sábios (e não apenas filósofos porque qualquer filósofo, mais tarde ou mais cedo, se apercebe da noção de Centro e, nesse instante, passa a sábio) e, pela arte que escolheriam, se veria como governariam. O ideal era um Rei rodeado de súbditos sábios e, dessa maneira, não tinha como escapar à sabedoria, por estar rodeado dela e porque todos os seus súbditos seriam sábios e todos os sábios nunca seriam súbditos porque todos os sábios sabem que a sabedoria vem acompanhada com a liberdade. Deste modo teríamos, de forma natural, uma Anarquia Monárquica.
A sinarquia actual, disfarçada de Democracia é bizarra. A ausência de bom gosto dos nossos governantes é sintoma de patologias várias.
O José Castelo Branco tem extremo bom gosto. A sua casa é linda. O que é raro. Muito raro. Um verdadeiro anarca porque tem bom gosto.
A base da filosofia é o reconhecimento do Belo. Onde quer que ele esteja. Muito mais do que o reconhecimento das minorias. As minorias são minorias. O reconhecimento do Belo é raro e é grandioso. O reconhecimento de uma minoria é muito diferente do reconhecimento do Belo. É a diferença entre a tolerância e o Amor. O Amor não quer saber das minorias. A tolerância vive delas. O Amor não quer saber da igualdade. A tolerância só quer saber da desigualdade.
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