quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Os estrangeirados



Os estrangeirados resumem todo o país a um passado mal resolvido. Como se o nosso país não tivesse um passado mais do que resolvido. É uma forma de argumentar que os ajuda a perpetuar a traição,  a impor-nos uma língua e um imaginário (com a desculpa vaga de uma qualquer aliança antiga, muito mal conhecida, muito mal explicada) que não é o nosso. Tornam tudo medieval porque, segundo eles, nessa altura, as coisas viviam lado a lado, mais do que isso, embrenhadas umas nas outras. Mas o que trazem eles senão uma língua e uma pátria que não é a nossa,? E mesmo que essa pátria tenha nascido cá e ido para países longínquos, não foram eles, mas sim nós, que fizemos os Descobrimentos. Desdobram-se em jogos de cintura mas não passam de "transformadores" de mentes pela língua estrangeira. Vendem iniciações pelo correio, como os americanos, vão sendo um pouco de tudo, à vez, daquilo que é esotérico,  como se isso se comparasse à Alquimia dos Descobrimentos. Infligem iniciações "crísticas", com a escola toda dos teosofistas que baralham para terem a última palavra. Vendem aliás um pouco de tudo para baralhar ainda mais. Não são nossos primos porque as gerações se afastaram. Vêm simplesmente de fora. O passado deles é que está mal resolvido. O nosso não. E não escapam ao olhar atento do anjo Custódio. Não escapam a quem deu o corpo como testemunha. Não escapam a quem é Portugal. No presente e não num sonho vagamente medieval. Para sonhos desses estão cá os de Alá. Nós, por termos feito os Descobrimentos, podemos dizer, sem dúvida, que viemos do futuro. E que a 'Língua Portuguesa, é a nossa pátria". São traidores e tomaram de assalto a serra sagrada. Que não é deles, nem nunca será. Têm o mesmo pensamento que os canais de televisão que nivelaram tudo por baixo. Dão um bocadinho de tudo a todas as pessoas e muito do pior a todas também. Já tinha acontecido antes, vindo do mesmo lugar. Os estrangeirados não largam o osso até obterem o que querem. Até destruírem por completo o melhor que temos. São vendedores mas o seu propósito é muito pior. Não têm a classe de um indiano, não têm a fidelidade de um africano, não têm a sabedoria de um índio, não têm o segredo de um extremo oriental.  São ruínas deles mesmos que vendem a terceiros.

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