sexta-feira, 25 de outubro de 2019
RTP 1 às Quintas à noite
https://www.rtp.pt/programa/tv/p37838
Numa época de miserabilismo talvez este programa da RTP possa chamar a atenção de algumas pessoas. Independente da classe ou estatuto social, os ofícios são um modo de aprendizagem, tanto prática, como teórica e ainda a um nível bastante superior.
Por causa desta onda dos Templários onde os seguintes tópicos facilmente se confudem e baralham qualquer um, tópicos como:
- interesse pela História
- Iniciação guerreira
- snobismo e magalomania pessoal
- iniciação real e sacerdotal
- gosto pelo traje (reminiscências da iniciação pelos ofícios?)
- prestígio
- vaidade
- esquecimento fácil do triplo juramento
- falta de cavalos
- falta de uma frota
- falta de templos
- e falta de juízo
indicamos aqui a "coisa difícil", que era ser Templário. Era. Sendo meio monges, meio guerreiros proposeram um lugar na iniciação um tanto ou quanto ambíguo, navegando por entre as águas do sacerdócio e por entre as águas da iniciação guerreira.
Os ofícios, por seu lado, parecem estar em vias de extinção, ao contrário destes ímpetos Templários que crescem. A razão deste crescimento do interesse pelos Templários deve-se à pressa. É preciso acabar com o inimigo e então fazem-se fornadas de Templários umas atrás das outras. Depois, ficam todos vestidos a rigor (mas que bem vestidos) e ficam também envolvidos no imbróglio dos tópicos acima. Isto se forem conscientes, se não o forem não dão por nada...
Meter as mãos na verdadeira massa é coisa para gente "menor", mas será?
O melhor será experimentar... artes e ofícios com gente que Já Experimentou parece algo de interessante.
Na imaginação podemos ser tudo, Templários, por exemplo, ou até anjos a esvoaçar pelo mundo, mas aquele frio de Inverno, quando se entra na oficina e nem os dedos se sentem e se tem de começar a trabalhar com as mãos que não se conseguem mexer, isso, meus irmãos, é muito chato. E ainda mais chato é fazer coisas tão pouco heróicas como por exemplo lavar o chão. Durante meses. Anos. Décadas.
Enfim, talvez de entre esta onda de Templários (que nada mais é do que política pura), alguns acordem e percebam que não percebem nada.
Confundir iniciação com trabalho intelectual é coisa estranha mas fica bem na fotografia.
Mas, de qualquer forma, isto já está muito confuso há muito tempo. Em associações de ofícios introduziram o elemento "espada". Ficou também uma coisa híbrida entre a iniciação pelos ofícios e a iniciação guerreira. É caso para pensar que numa mão levam uma pedra (deve ser para atirar) e noutra levam uma espada - e isto quando não misturam mesmo tudo: são iniciados em ofícios, na guerra e, acredite-se ou não, dizem ter ainda uma costela templária (e por isso obrigatoriamente monástica), ou seja, sacerdotal. É obra!
Este programa de televisão deve ser interessante. Sabe Deus, o que alguns ofícios escondem...
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