domingo, 7 de abril de 2019

As revoluções


A lei (inventada e provinda de uma fábrica de esquerda e de direita) da misoginia impele os cegos a verem uma esfrogona na mão como se fosse o símbolo de uma revolução das classes trabalhadoras ou o símbolo do conservadorismo efectivo e estável. Um elemento simples de justiça nunca foi o substracto das revoluções. O substracto das revoluções sempre foi a tentativa de inverter uma determinada ordem. A justiça nada tem a ver com isso porque pertence a outro plano. Assim, a justiça é sempre interna e basicamente invisível com repercusões que estão para além dos esforços humanos. O aproveitamento dos submissos e submetidos nas supostas revoluções implica, naturalmente, que nenhuma revolução se dê, de facto. Desde a Revolução Francesa que a Europa e o mundo legitimaram as Revoluções como forma de apoio ao avanço tecnológico e nada mais. Todas elas se situam nos pólos opostos que sustentam os recursos humanos e os grandes empreendimentos. Desses dois pobres e tristes polos, não saem as revoluções, porque nasceram deles e a eles hão-de estar sempre submetidas. O verdadeiro re-ajustamento do mundo passa por uma elite verdadeiramente espiritual e, como tal, absolutamente invisível e indectável.

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