Então aqui vai, sem rede. Ou seja sem dicionário de símbolos.
Páscoa - coelho - ovo - fertilidade - Primavera.
Fertilidade - Primavera - devia ser início do ano (é no Budismo: o primeiro mês anda mais próximo do equinócio da Primavera) e no Hinduísmo, lá para os fins de Janeiro.
Início do ano aqui pelo Ocidente: primeiro mês Janus - Janeiro - Porta do Céu.
A porta do Inferno é para Agosto.
Judaísmo, Islamismo - início do ano lá para o equinócio de Outono.
Nascimento de Cristo: perto do solstício de Inverno.
Então temos:
Os equinócios estão ligados ao início do ano
Só por estas bandas está mais ligado ao solstício de Inverno por causa da Porta do Céu.
Só por estas bandas está mais ligado ao solstício de Inverno por causa da Porta do Céu.
(há que começar por cima - o que contraria aqueles que dizem: está você a começar a casa pelo telhado. Artisticamente falando, é exactamente pelo telhado que se começa porque é de cima para baixo - já os caracteres são assim escritos, como os hieróglifos egípcios quando estão escritos na vertical, são escritos do mesmo modo, de maneira que quando me dizem "está a começar pelo telhado" considero isso um cumprimento, no duplo sentido).
Assim temos uma morte de Cristo na Páscoa para depois nascer de novo. Mentira, nunca morreu porque a morte não existe. Perceberão agora a metáfora do Carnaval, da máscara roxa?
Assim o que há é ascensão ou salto para outro plano. Fertilidade mas de uma outra ordem: a associação do coelho com o ovo indica uma dupla fertilidade, logo, segundo nascimento, logo a passagem para outro plano.
Temos então outro solstício, de Verão, assim mais joanino (ainda outro salto): saltar as fogueiras do Inferno. Já no regresso, para quem o faz, então já se saltam as fogueiras do Inferno (lembrar que Agosto, em pleno Verão, se abrem as portas do Inferno).
No equinócio de Outono, para alguns calendários dá-se o início do ano. Então porquê? Porque a terra vai entrar em recolhimento depois das sementeiras. Em primeiro lugar lançam-se as sementes (uma fertilidade anunciada), depois o recolhimento, ou, adormecimento da terra (a não manifestação, na linguagem de Guénon, a que temos direito.. ), aquilo que está antes do visível surgir, antes da Primavera.
Assim as temos as sementes (quando começa o ano para alguns calendários).
O recolhimento da semente - a "morte" da semente, a potência da semente. As portas do céu e o início do ano perto do solstício de Inverno.
O recolhimento da semente - a "morte" da semente, a potência da semente. As portas do céu e o início do ano perto do solstício de Inverno.
Depois temos as flores na Primavera - lá no Paraíso havia muitas - e o nascimento, o Segundo para nós aqui do Ocidente que é o Primeiro para o Budismo. Paraíso a partir do qual se pode ascender.
O regresso, enfim, por portas do Inferno que já podem ser atravessadas, como as fogueiras já podem ser ultrapassadas porque nesse plano "o que é dentro é igual ao que está fora". Como os frutos são apelativos por fora e saborosos por dentro, ou seja, já não é necessária a instituição do rito porque o Gesto natural é já rito - daí que o menino pintado por Margarida Cepêda e que evoca o Quinto Império tenha mãos de Fogo. Sob esse signo, que é o do Espírito Santo, está inscrita a próxima Idade, que será D'Oiro.
No fundo, no ciclo, o ano pode comecar pelo equinócio de Outono, pelo solstício de Inverno, pelo equinócio da Primavera e quando falamos do solstício de Verão então falamos das ligações entre o céu e o Inferno e das proximidades entre ambos ... De maneira que, dito isto, fico a aguardar a Idade do Ouro porque já me fartei desta.
Cumprimentos...
Cumprimentos...
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