segunda-feira, 22 de julho de 2019
A intelectualidade
Quanto mais penso, menos intelectual fico. Pensamos para gastar a intelectualidade. Depois, oferecem-nos rosas, umas das preferidas, as "Sweet Avalanche" e ficamos a olhar para elas. Coloco-as numa garrafa de whisky, porque elas são o meu whisky. E penso que gastei de vez a intelectualidade. E ponho-me a pintar um móvel velho. E tudo desaparece e fica o símbolo, a ferver, ofuscando tudo à volta. E penso de novo, (para gastar mais um bocadinho a intelectualidade) que esta contemporaneidade pseudo-criativa é infértil porque lhe falta o símbolo que une o que está dentro com o que está fora e ainda a tal verdade interior absolutamente transparente, sem enganos nem mantos a encobri-la. A única coisa que vale a pena são os símbolos, as rosas e o restauro daquilo que está velho. A intelectualidade não tem nenhum interesse face a estas três coisas. Nenhum. Apenas com estas três coisas o coração fica transparente aos que falam a mesma língua. E como os amo, Meu Deus, como os amo...
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