Não digo que não seja o que penso
O que ouço no espelho do universo
Mas se penso e ele brilha e treme
Sorve o que penso sem pensar
O que ouço no espelho do universo
Mas se penso e ele brilha e treme
Sorve o que penso sem pensar
Todas as curvas dele são as minhas
Nada do que pensou pensar é falso
A via láctea é o meu abraço
O som do mar o meu espaço
Nada do que pensou pensar é falso
A via láctea é o meu abraço
O som do mar o meu espaço
E porém, em todas as esquinas
A escuridão das sombras
Vêem o que pensam que penso
Só por me verem ao passar
A escuridão das sombras
Vêem o que pensam que penso
Só por me verem ao passar
Se de boquilha, a escaldante
Se de chinelos, a emigrante
Se a rir, o choro escondido
Se a chorar, uma gargalhada errante
Se de chinelos, a emigrante
Se a rir, o choro escondido
Se a chorar, uma gargalhada errante
Nada do que penso o universo pensa
Só reflecte a luz do meu pensar
Se pensasse o que deveras penso
Não haveria trevas sem estrelas
Só reflecte a luz do meu pensar
Se pensasse o que deveras penso
Não haveria trevas sem estrelas
Por onde não consegue pensar
(Cynthia Guimarães Taveira)
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