sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Talvez...

Talvez te alegres meu anjo
quando me alegro,
e nas voltas das ondas
em que quase me afogas
procures o meu temor,
o meu erro
para que possas arrancar
alegria do mais interno ser.
Talvez saibas o passado
como aves que se soltam.
Talvez queiras que te ame,
meu anjo,
como tu a mim,
e cries a distância
que nos distingue
para que possa
procurar-te
na solidão
fazendo-te
viver
dentro dela
num abraço
sem
fim

(Cynthia Guimarães Taveira)

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