domingo, 16 de fevereiro de 2014

Teia

Oh, teia cósmica
de invisíveis traços
sem que aranha se vislumbre
ou insecto a sustente
de polos diversos apontada
cada gota de pura água
ou de desentendida lágrima
tem no verso um fio de prata
onde jaz a alma farta
nela é o tempo torcido
em reviravoltas de fino rigor
Nas estrelas vibra a dor
No espaço o amor
e se te digo é porque salto
no limite do tremor
Entre o certo e o avesso
não há diferença
nem distancia
entre a estrela e o amor.


(Cynthia Guimarães Taveira)

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