Há causas tão improváveis que o efeito acaba por ser
igualmente improvável. Quando isso acontece, encontramo-nos no domínio do mito.
Todos somos pesquisa, mesmo, que haja uma curiosidade aparentemente morta ou
não exteriorizada. As causas e seus efeitos improváveis que vivem e respiram no
domínio do mito pertencem a uma ordem cuja exactidão do gesto escapa ao domino
visível mesmo que este esteja à vista de todos. São os graus de pesquisa, os
passos e saltos e bailados e voos surpreendentes que nos permitem ver com maior
ou menor clareza... e quem diz ver, diz sentir, porque, a determinadas alturas,
a evidência não se destaca de nós, nem do nosso ser. Há uma “conjunção de
opostos” entre nós e o mundo.
(Cynthia Guimarães Taveira)
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