terça-feira, 14 de maio de 2019
Os pulhas
Sempre que os pulhas vencem é o mundo que fica a perder. Não há volta sentimental a dar. Ter pena dos pulhas é não ter pena do mundo. E há tanto pulha por aí. A base da vida na terra é o espírito. Quando o espírito se começa a ausentar é a pulhice que avança. E se tem avançado? Oh, se tem. Vou dar um exemplo simples: ao nível muito espiritual (é para não nomear pulhas porque hoje todos têm advogados, políticos amigos, bênçãos legais, fantoches pavloff, e lambe botas ao serviço), quanto mais fragilizadas em espírito estão as pessoas, no geral, ruas, bairros, cidades, países, continentes e planetas (quaisquer que sejam) mais as forças de ordem subtil e inferior se instalam. Os sintomas são a falta de capacidade de pensar, a falta de criatividade no sentido arcaico do termo (e não desta anarquia aflitiva e inferior na qual se confunde criatividade com tudo), ausência de poder de decisão fora dos parâmetros impostos, cegueira perante o belo, incapacidades resultantes da perspectiva que se tem do ser humano como ser-máquina a todos os níveis, moral, espiritual, físico etc. Outro sintoma é o de se querer ensinar aos outros como é que se devem comportar na vida. Os pulhas fazem isso. O pulha que é sempre o vencedor, escarnece do que não é pulha e está hoje muito em voga que esse pulha diga em jeito de gozo: "eu tenho talento, o país é que não deixou". Já tenho ouvido esta frase dita com um sorriso de ironia por vários pulhas. Os pulhas são os self-made-man, normalmente mas são tudo menos pessoas isoladas. Os pulhas funcionam em grupo e acabam por constituir o país que "não deixa nem dá condições aos que não são pulhas" e ainda gozam com isso. Portanto, pulhas como o Berardo há muitos e pulhas que os acompanham também, tornou-se foi muito visível porque apareceu na televisão o sorriso que é comum aos pulhas. Ficou tudo muito "chocado"? Não ficou nada. Já se sabe há muito tempo como são as coisas. E o país é que não deixa, de facto. Nunca há um pulha isolado. Mas há seres especiais isolados. Cada vez mais. Sempre que um pulha se ri, é o mundo que perde. Isto não é um facto construído. É uma evidência. E é assim que as forças de ordem subtil e inferior vão ganhando terreno para que a destruição seja total e seja o próprio mundo destruído. Um pulha que é pulha anda nesses meandros, não canta como se "estivesse a ter um filho" mas mente como quem ri. Por norma atacam em grupos mas necessitam de um líder porque são acéfalos e esse líder pode ser visível e ter corpo ou pode ser invisível, não o ter e estar noutro plano (bem podem procurar com uma lupa que não encontram). Já o monte de entulho daquilo a que se chama a "Colecção Berardo" tem corpo e é bem visível. É um monte de merda com valor no mercado. Se venderem aquilo aos acéfalos doutro sítio e com esse dinheiro restaurarem algum património de Portugal, já é um favor que fazem à comunidade de isolados com algum sentido estético "que o país não deixa" porque esses pulhas, por norma, não têm sequer sentido estético. E também fazem um favor ao mundo que está nítidamente a perder. Até em beleza.
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Disseste uma asneira...
ResponderEliminar:) o que é que queres que chame à colecção Berardo? Um conjunto de obras elaboradas num hospital de malucos pelos malucos?
ResponderEliminarAinda era pior... :)
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