domingo, 9 de junho de 2019
A Idade do Ouro
A Idade do Ouro, coincidente com a Idade do Espírito Santo, não terá qualquer civilização. Todas elas estão condenadas a nascer, a crescer e a morrer. Pela sua duração e qualidade (maiores do que em qualquer outra fase do ciclo) será, essa Idade, sobretudo, um estado ou modo de existência. A verdadeira Saudade Portuguesa não é a nostalgia de uma qualquer civilização, é a Saudade de uma maneira de ser. Todos os revivalismos são iguais aos sonhos que qualquer pessoa tem quando revive simbolicamente o seu quotidiano só que, em vez do quotidiano com o seu limite temporal, revive-se uma qualquer civilização com o seu limite temporal normal. Há outros sonhos, bem mais profundos e estendidos em todas as direcções que são a matriz dessa Idade do Ouro. Um deles é a Saudade. E daí que a Saudade seja do Futuro. Não há civilização que se sobreponha à Idade do Ouro, ou seja, a um modo de ser ou frequência. A personalidade não é um revivalismo. É a consciência de um futuro. Os revivalismos Históricos que não contiverem essa consciência são meros sonhos, como é o caso das feirinhas medievais, renascentistas, gregas ou o que seja. O Culto do Espírito Santo é feito com pessoas na actualidade com a cabeça no futuro, não com mascaradas infantis que tanto podiam ser a de um cavaleiro medieval como do homem aranha... O Halloween, aliás, mostra bem isso, o devaneio sem direcção dos sonhos metidos nas suas civilizações mais do que mortas. Há diferenças, de facto, entre o "vale tudo" e o "vale de tudo", o primeiro é bélico e de Marte, o segundo é abundante e de Vénus, tal como a Idade do Espírito Santo. O percurso é, tal como nos planetas, de Marte, passando por Terra, chegando a Vénus e por fim a Mercúrio que, com as suas asas, comunica directamente com o Sol ou centro. E cada um, na actualidade, estará numa determinada frequência interna que externamente acaba por se tornar visível, mais tarde ou mais cedo.
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