sexta-feira, 28 de junho de 2019
Horizonte
Aparentemente são as crianças e os próximos que entendem os pólos. Os próximos porque conhecem o eixo, as crianças porque são livres. Entre estar nos eixos e estar fora deles estão os pólos. A falta de ambição seca os sorrisos porque confundem a ambição com a conquista interior. Os próximos e as crianças sorriem sempre. Os próximos porque embarcam na mesma aventura, as crianças porque se vestem de capitães e vão na proa do barco. Os ambiciosos nada percebem das conquistas porque nada percebem da liberdade. A maior conquista é um livro essencial cair no nosso colo. Não é procurá-lo, não é desejá-lo. É alguém ir a passar e colocar literalmente um livro essencial no nosso colo, sem que tenha sido pedido. Nessa altura o interior é igual ao exterior. A maior conquista é essa simultaneidade, onde todos os pólos se anulam e nasce a ordem sem o mínimo de ordem aparente e com toda a ordem interna presente. A maior conquista é conquistarmo-nos. A ambição é uma vendida, passiva, aparentemente activa. É tudo o que a conquista não é e é o inverso dela.
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