quarta-feira, 6 de março de 2019
Sem ambargo
É, sem ambargo na voz,
que atesto a solidão das naves,
o inverno dos rumos,
a única nota solta pelas aves.
E se, atravessar o vale das sombras,
escrever um livro com o seus poemas,
fixar as bandeiras coloridas
em terras de cinzentos rochedos,
for o gesto de uma alma rotunda,
sobre si girando, infinita,
de quem já não acredita...
E com ela, poder continuar,
no segredo da brisa,
a passar por entre o vento,
a reclamar esse diálogo, a sós,
entre nós e o divino,
que, no profundo sentido,
anuncia a sorte dos erros e dos acertos...
E, assim, refazer o vento e a brisa
à luz dessa conversa
outro nome da oração
aquela única e só
em que o divino
ainda acredita.
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